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Título da NotíciaJoão Carreiro: conheça história de chapéu que virou marca registrada e foi enterrado junto do sertanejo

Publicada em 11/01/2024 às 07:54h - 57 visualizações

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Por José Câmara, g1 MS

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conheça a história da relação de amor entre João Carreiro e seu chapéu

Branco, com uma cruz preta estampada e cheio de tachas prateadas. Estes são os elementos que compõem o chapéu que virou marca registrada do cantor João Carreiro. Porém, como o objeto virou item inseparável do sertanejo? ???‍?Assista ao vídeo acima.

g1 precisou da ajuda da irmã de João Carreiro, Ladeniz Corrêa, para contar a história que existe por trás deste chapéu emblemático. Durante os velórios, em Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT), o objeto ficou sobre o corpo do artista. O sertanejo também foi sepultado com um exemplar do chapéu, segundo Ladeniz.

Sertanejo é velado com chapéu inseparável. — Foto: Magno Lemes/TV Morena

Sertanejo é velado com chapéu inseparável. — Foto: Magno Lemes/TV Morena

Ainda sem processar completamente a partida recente do irmão - que morreu durante uma cirurgia no coração, no dia 3 de janeiro, em Campo Grande -, Ladeniz relembrou como o chapéu surgiu entre 2009 e 2010.

 

"O chapéu que ele usava ficou conosco. Ele foi enterrado junto com um chapéu igual. O que ele usava está em casa, queremos colocar em um lugar muito especial, já que era a marca registrada dele. Será mais um item para lembrarmos dele".

 

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Chapéu marca registrada surgiu 'do nada'

 

Cantor usava chapéu por todo lado. — Foto: Douglas Melo Photo/Reprodução

Cantor usava chapéu por todo lado. — Foto: Douglas Melo Photo/Reprodução

João Carreiro estava em férias, no litoral de Santa Catarina. Era entre 2009 e 2010, o cantor foi avisado de um compromisso inesperado pelo empresário. Como estava na praia, o artista estava sem chapéu de cowboy.

 

"Não sei precisar a data. Ele não tinha levado bota, chapéu, nada. O antigo empresário entrou em contato e falou que meu irmão tinha que ir a um compromisso, mas ele não tinha levado a roupa de trabalho. Ele passou em uma galeria, entrou, encontrou o chapéu daquele jeitinho", relembra Ladeniz.

 

ideia do chapéu chamativo não agradou todos que estavam com o sertanejo naquele momento, como irmã do artista pontuou. "Ele colocou o chapéu e nunca mais tirou, virou a marca registrada do João Carreiro".

A partir daquele dia, o chapéu se tornou indispensável para o cantor. Ladeniz brinca sobre a companhia do objeto, João Carreiro "podia sair sem roupa para um show, mas sem o chapéu, não!".

 

"Todo mundo começou a comentar sobre o chapéu. Ele colocou na cabeça e virou um sucesso, por ser chamativo, o pessoal chamava o chapéu dele de 'chapéu com a cruz preta na testa'. O objeto virou a marca registrada dele", comentou a irmã do sertanejo.

 

 

Parceria com marca e vendas

 

Chapéu é vendido por irmã de João Carreiro. — Foto: Reprodução

Chapéu é vendido por irmã de João Carreiro. — Foto: Reprodução

Desde que o chapéu começou a estourar em vendas, a empresa Pralana passou a conceder royalties - participação dos lucros - ao sertanejo.

"Surgiu a parceria com uma empresa de chapéus, chegou a ser o mais vendido entre todos da loja", lembra Ladeniz.

Em 2021, João Carreiro e Ladeniz abriram uma loja on-line. No site, os dois administravam as vendas dos chapéus personalizados e outros artigos específicos. A maioria dos produtos tinham estampado a cruz preta, típica do chapéu do sertanejo.

 

"O João Carreiro sempre foi o espelho da nossa família, sempre queria ajudar todo mundo. Ele teve a ideia de fazer uma loja on-line. Até hoje eu cuido da loja. Fazemos camisetas, chapéus e outros produtos. Tudo com a marca, virou a marca registrada dele: o cantor com a cruz na testa".

 

 

Luto e perda recente

 

Ladeniz e o irmão, João Carreiro. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Ladeniz e o irmão, João Carreiro. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Ainda tentando processar a morte do irmão, Ladeniz lembra dos últimos momentos que passou com o irmão. O cantor se apresentou, pela última vez, na festa de virada do ano em Pedra Preta, a 243 km de Cuiabá. Na festa, a família toda estava presente.

"Fui morar com ele seis meses antes da cirurgia. Toda a família estava junto, estávamos em vibração com ele. Ele era companheiro, o esteio da família. Ele não era uma pessoa de tantas palavras, ele falava com o olhar", comentou Ladinez.

 

"Estamos tentando processar a situação ainda. Somos gratos com carinho e palavras de amor, que custamos a acreditar na morte. Nós ficamos juntos até o último momento. Não processamos nada ainda. Tenho a sensação que ele está na chácara e que isso é um pesadelo", com a voz embargada, relatou Ladeniz.



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